Confira as principais características das empresas familiares:
Pontos fortes:
– Comando único e centralizado, permitindo reações rápidas em situações de emergência;
– Estrutura administrativa e operacional “enxuta”;
– Disponibilidade de recursos financeiros e administrativos para autofinanciamento obtido de poupança compulsória feita pela família;
– Importantes relações comunitárias e comerciais decorrentes de um nome respeitado;
– Organização interna leal e dedicada;
– Forte valorização da confiança mútua, independentemente de vínculo familiares. A formação de laços entre empregados antigos e os proprietários exerce papel importante no desempenho da empresa;
– Grupo interessado e unido em torno do fundador;
– Sensibilidade em relação ao bem-estar dos empregados e da comunidade onde atua;
– Continuidade e integridade de diretrizes administrativas e de focos de atenção da empresa.
Pontos fracos:
Primeira geração (fundador vivo)
– Dificuldades na separação entre o que é intuitivo/emocional e racional, tendendo mais para o primeiro;
– A postura de autoritarismo e austeridade do fundador, na forma de vestir ou na administração dos gastos, se alterna com atitudes de paternalismo, que acabam sendo usadas como forma de manipulação;
– Exigência de dedicação exclusiva dos familiares, priorizando os interesses da empresa;
– Laços afetivos extremamente fortes, influenciando os comportamentos, relacionamentos e decisões da empresa;
– Valorização da antiguidade como um atributo que supera a exigência de eficácia ou competência;
– Expectativa de alta fidelidade dos empregados. Isto pode gerar um comportamento de submissão, sufocando a criatividade;
– Jogos de poder, nos quais muitas vezes vale mais a habilidade política do que a característica ou competência administrativa.
Segunda geração (transição da 1ª para 2ª fase)
– Falta de comando central capaz de gerar uma reação rápida para enfrentar os desafios do mercado;
– Falta de planejamento para médio e longo prazos;
– Falta de preparação/formação profissional para os herdeiros;
– Conflitos que surgem entre os interesses da família e os da empresa como um todo;
– Falta de compromisso em todos os setores da empresa, sobretudo com respeito a lucros e desempenho;
– Descapitalização da empresa pelos herdeiros em desfrute próprio;
– Situações em que prevalece o emprego de parentes, sem ser este orientado ou acompanhado por critérios objetivos de avaliação do
desempenho profissional;
– Falta de participação efetiva dos sócios que legalmente constituem a empresa nas suas atividades do dia-a-dia;
– Às vezes, uso de controles contábeis irreais “com o objetivo de burlar o fisco“, o que impede o conhecimento da real situação da empresa
e sua comparação com os indicadores de desempenho do mercado.
Fonte: Artigos Sebrae